"Cidades de Papel" x "A Culpa é das Estrelas"


Atenção: A Resenha contém Spoilers.


Li "Cidades de Papel" logo após terminar de ler (e me apaixonar perdidamente por) "A Culpa é das Estrelas", então, creio que será inevitável fazer comparações, visto que minhas conclusões a respeito de ambos são opostoas.


Comecei a ler "Cidades de Papel" na euforia pós "A culpa é das Estrelas", livro que (como já disse) me cativou profundamente. Talvez, por isso, eu tenha ido com muita sede ao pote, criando muitas expectativas e a leitura, de certa forma, me "decepcionou".

Onde via esse livro, me sentia atraído pela capa, que sempre me chamava a atenção. Decidi que já estava na hora de comprar e ler.

Em "Cidades de Papel", John Green mantém seu jeito único e cativante de escrever, transportando o leitor a uma terceira dimensão, mas, diferente de "A Culpa é das Estrelas", não me senti envolvido pela história dos protagonistas (Quentin e Margo), que são estudantes do colegial de uma escola na Flórida. A vida e preocupações deles me pareceram muito fúteis se comparados com o que movia Hazel Grace e Augustus Waters em "A culpa é das Estrelas", a luta pela vida, por ser felizes no tempo que lhes resta juntos.

Como o livro é dividido em 4 partes (Prólogo, Parte 1, Parte 2 e Parte 3), eu avaliaria da seguinte forma:

Prólogo: Dá a ideia de que a história terá mistérios e falará sobre uma grande amizade.

Parte 1: A mais cheia de adrenalina e de ações impensadas e inesperadas pelo leitor.

Parte 2: Enrolação, chatice, futilidade típica de adolescentes norte-americanos, um adolescente sem sal nem açúcar alimentando um amor platônico por uma menina que nem liga pra ele.

Parte 3: Volta a ter adrenalina e ações impensadas e inesperadas pelo leitor. Não sei se achei uma das melhores partes por isso, ou porque depois dessa parte o livro finalmente ia acabar.

Após finalizar a leitura, comecei a pensar um pouco sobre o último capítulo, quando finalmente encontram Margo, na primeira reação dela e em tudo o que ela diz sobre o motivo que a levou a fugir de casa e percebi que me identifico com ela (mas isso só no último capítulo!). Ela queria exatamente fugir da vida e preocupações fúteis típicas de uma adolescente norte-americana que está no colegial.

Por fim, lendo esse livro, fiquei entre o GOSTEI e o ODIEI, mas como o John Green demorou muito para me fazer chegar à conclusão de que não era um simples livrinho adolescente, minha mente absorveu o ódio mais do que o amor por essa leitura. Mesmo assim eu indico, mas sugiro que leiam sem muitas expectativas. Assim, poderão se surpreender!