Sobre fazer 25

Aos 24 anos de idade, ao invés de estar me preparando para sair da casa dos meus pais, estou mobiliando e decorando meu quarto como o de um adolescente no Ensino Médio (como eu sempre quis, mas nunca pude fazer). É que hoje considero que esteja me estabilizando financeira e profissionalmente. O que não aconteceu antes por diversas escolhas erradas que fiz ao longo da minha vida, mas que, apesar de erradas, me trouxeram até onde estou hoje e contribuíram para que eu fosse quem sou. Portanto, não me arrependo tanto.

Quando contei pra alguém que havia comprado uma cama de solteiro para substituir a atual cama de casal do meu quarto, disseram que eu estou fazendo o caminho inverso ao restante da humanidade, cujo "normal" seria trocar a cama de solteiro pela de casal. Mais uma prova de que eu não seja alguém muito normal (risos).

Mas, este texto é para falar especialmente sobre o fato de eu ser um cara de 24 anos que ainda não se sente preparado para crescer. Já escrevi sobre isso aqui no Blog, mas essas crises reflexões têm vindo me atormentar novamente por estes dias, pelo fato de que nesta semana, eu serei obrigado a crescer, e isso contra minha vontade! É... Dia 21 eu tenho que fazer 25 anos. [¬ ¬']

É claro que as responsabilidades da vida vêm aumentando de forma involuntária há algum tempo. As funções de maior confiança têm sido atribuídas a mim no ambiente de trabalho, estou alcançando títulos de formação com os quais eu mesmo não havia sonhado, mas que não são vistos por mim com toda a congratulação que via nas outras pessoas quando esses mesmos títulos lhes eram atribuídos. Fato é que eu não me vejo como um adulto!

Em contrapartida, não quero festinha "surpresa" de aniversário, mas também não quero que a data passe em branco (acho isso depressivo triste). Escolhi, por livre e espontânea vontade, passar o dia do meu aniversário trabalhando, ao invés de descontar um dia das minhas férias para folgar no dia 21, e ainda não tenho nenhum plano para a noite dessa data.

Acho que, apesar de parecer que nada muda, os 25 anos transmitem uma ideia de maturidade, seriedade. Eu mesmo conheço pessoas de 24 anos com quem consigo me identificar perfeitamente, mas quando conheço alguém de 25 (pra mais), é como se essa pessoa fizesse parte de um outro círculo, meio fora de alcance pelos menores de 25, pessoas que já fizeram "a passagem" ou coisa do tipo (risos).

Não estou pronto pra fazer 25. Parece que esse número nem combina comigo.

Não quero fazer 25. Quero continuar sendo o garoto que gosta de fazer coisas que normalmente os adultos param de fazer quando crescem.

Cheguei à conclusão de que a única forma de não fazer 25 seria morrendo na quarta-feira, dia 20. Mas, a vida aos 24 tem sido tão boa que passa longe de mim a possibilidade de morrer agora.

Foi aos 24 que eu me abri para conhecer coisas que eu jamais havia experimentado antes. Decidi abrir mão do julgamento das pessoas... Sofri? Sim. Com certeza! Chorei? Óbvio! E graças a Deus que tive lágrimas para colocar para fora tudo o que estava preso aqui dentro! Mas, principalmente, foi aos 24 que eu me permiti V-I-V-E-R. Eu amo meus 24 anos! Não queria que eles acabassem.


Pensando bem, a verdade é que eles (os 24) sempre estarão aqui. Cada experiência, cada mudança que vivi ao longo desse ano se eternizaram na história da minha existência, e não há nada que apague tudo o que vivi. Creio que ao invés de lamentar a chegada da velhice (os 25), o que eu preciso fazer é aceitar os novos desafios, aderir à necessidade de amadurecer (sim!), mas ver meus 25 anos como uma ótima (perfeita) oportunidade pra fazer tudo de novo, ou então, fazer melhor ainda do que já fiz aos 24. Pensar assim é ótimo! Enche meu coração de esperança, de vontade de viver!

Quer saber? Que venham os 25, 26, 27, 28, 29, 30... Mas, que venham com crescimento, novas conquistas, maturidade (não velhice), realizações, viagens, histórias, música, amigos e principalmente FELICIDADE. Porque o que faz a vida valer a pena é ser (e fazer alguém) feliz.

Douglas ;)