O que fizeram com a sua felicidade?


Ontem eu comentava com um amigo sobre algo que aconteceu comigo, recentemente.

Vinha de uma semana cansativa de trabalho e atividades extras. Muita correria, um cansaço mental e estresse que me faziam não render, não desfrutar dos melhores momentos do dia, não viver.

Na primeira oportunidade que tive, eu não planejei nenhuma festa, passeio ou filme na companhia de alguém (por melhor que a companhia pudesse parecer). Na verdade, eu estava tão acabado, que não tinha cabeça sequer para planejar algo. Eu estava ansioso pelo meu mais que merecido descanso, que finalmente chegara.

Lembro de ter dormido até tarde, ficado na cama, ouvido música, tomado vários banhos e voltado (novamente) para a cama, devo ter lido alguma coisa, escrito algo. Enfim, vivi um dia desconectado e isolado no que, para mim, havia sido um dia, acima de tudo, feliz. Eu me sentia preenchido pela minha própria vida, na simplicidade de viver o que eu precisava ter vivido naquele dia.

Meu grande erro, porém, foi, ao fim daquele dia, até então, maravilhoso, ter entrado numa maldita rede social chamada Facebook (alguém aí já ouviu falar dela?). Eu comecei a zapear a tela do celular, mesmo deitado, pouco antes de dormir o sono da noite, e vi fotos de pessoas sorridentes, acompanhadas de outras pessoas sorridentes, em praias, festas, passeios, ou até mesmo em casa, na piscina, tomando sol naquela tarde de verão que havia passado.


Lembro que, instantaneamente, uma sensação de descontentamento com minha própria vida tomou conta do meu interior. Meu coração entrou num estado de desagrado com meu próprio dia. Minha mente me dizia que "aquilo sim (o que via nas fotos) era viver, e não o que eu 'vivi' durante meu dia de descanso", e eu comecei a me entristecer por ter "desperdiçado" meu dia dentro do quarto.

Naquele momento um estalo me salvou do sono que tentou paralisar minha alegria pela minha própria vida, e eu repreendi a mim mesmo pela forma como estava me permitindo pensar. O meu dia havia sido maravilhoso, SIM! E eu não deveria comparar minha vida com a de outras pessoas.

O dia delas poderia, sim, ter sido maravilhoso em suas praias, passeios e amizades, porém, isso não significava que o meu dia longe do celular ou das lentes de uma câmera a divulgar minha alegria nas Redes Sociais, tinha feito com que minha vida fosse considerada medíocre e inválida.

O problema que nós, seres humanos, precisamos consertar em nós mesmos (e em mais ninguém), é esse: parar de comparar nossa vida com a vida das outras pessoas.

Como diz uma querida mentora, estamos tão felizes com a nossa TV de 14 polegadas, até chegar o caminhão das Casas Bahia na casa do vizinho, com uma TV de 42. Começamos a não gostar tanto assim da nossa, de 14.


Meu desafio diário é viver minha própria vida, ser feliz ao meu próprio jeito, proporcionar alegria às pessoas ao meu redor, e não ficar invejando (sim, invejando - porque essa é a palavra ideal para esse sentimento) a felicidade alheia.

Portanto, sejamos mais gratos pelo que temos, sem questionar o motivo de alguém aparentemente possuir mais do que nós. Porque viver esse tipo de vida que compara e compete, é uma triste maneira de viver.

Enjoy the day! Enjoy the life! Be happy! Carpe Diem!

Beijos
Douglas ;)

Palavras, apenas palavras


Estou em uma casa silenciosa, o tempo está fresco, acabou de chover. Diante de mim há uma bela janela que dá para um vasto espaço com árvores. Sobre a mesa onde estou escrevendo há um jarro com rosas. A paz reina do lado de fora, mas não dentro de mim. Aqui dentro há um turbilhão de dúvidas, medos e incertezas. Arrependimentos por atitudes tomadas, precipitações... Tudo o que alguém poderia sentir por ter cometido um erro está se remoendo dentro de mim.

As vezes me sinto centrado, outras inconstante. Quando penso que a maturidade finalmente se desenvolveu em mim, de repente, sou surpreendido por um sentimento de infância, insegurança, necessidade de proteção.

Tento colocar para fora, em forma de palavras o que realmente sinto, mas não consigo.

Tenho a necessidade de narrar meus sentimentos de forma indireta, tentando expressar como estou por dentro, quando por fora tudo está do jeito que sempre desejei. O que me falta? Eu confesso não saber explicar.

O medo de colocar no papel as palavras que me apunhalam o interior vem de minha fama de pacificador. Aquele que não cria problemas, o bom filho, o exemplo a ser seguido... O que pensariam se essa pessoa tão perfeita dissesse o que realmente pensa? O que realmente sente?

Assim, novamente calo meu interior, aquieto as palavras, fecho as portas para a liberdade que deseja ser aprisionada em mim.

Medo, pra quê te quero?


Fevereiro acabou e eu nem percebi.

Foi só quando olhei para o visor do celular que me dei conta: março tinha chegado de mansinho, sorrateiro, mas já deixando suas marcas na minha vida.

Tanta coisa pra pensar, colocar na balança, ver se estou fazendo certo (sentindo certo...)... Medo de tomar atitudes que depois resultem em arrependimento. Esse medo só empata com o de não me arriscar, não tentar, de não viver...

Confesso que não saberia dizer qual dos arrependimentos seria pior. Acredito que o segundo. É... Na verdade, eu sei. Talvez, só não queira assumir os riscos e responsabilidades de uma vida de verdade. Mas, preciso me lembrar de que para viver os benefícios de uma vida, primeiro eu preciso assumir os riscos de TER uma.

Algo que tenho dito (e repetido muito) a mim mesmo é que a única certeza que temos é sobre o 'hoje', portanto, ao invés de ficar pensando, precisamos nos dedicar a viver. A história, as vezes, se faz sozinha. Os caminhos vão nos direcionando para o rumo certo. Precisamos apenas ter nossos objetivos em mente e saberemos a hora certa de tomar determinada rota.


Por exemplo, a segurança e estabilidade que um emprego traz para a vida da gente contrasta com a insatisfação que podemos estar sentindo no ambiente de trabalho. E aí, a gente se questiona: vamos vender nossa liberdade, por dias de insatisfação dentro de uma empresa? Em contrapartida, vamos nos arriscar a deixar de ter o que temos? Perder nosso "padrão de vida"? Mas, que padrão de vida é esse que se baseia em uma insatisfação plena, por estar em um ambiente onde você se sente indesejado?

Será que não falta apenas o primeiro passo de coragem, mesmo diante da incerteza?

A vida já é tão incerta, então, por que não tomar as rédeas das decisões que nós mesmos podemos tomar?

Como eu disse anteriormente... O medo é de fazer o que não deveria, mas, principalmente o de não fazer o que deveria ter feito e ficar imaginando o que teria acontecido caso eu tivesse feito.

São muitas (MUITAS) questões a serem resolvidas... E pensar que a gente fica se preocupando tanto pra um dia tudo isso aqui acabar e a gente, finalmente chegar a conclusão de que era tudo besteira. Todas as preocupações e medos. E é por isso que eu repito: "Viva o hoje! Para um pouco de pensar no amanhã". Acho que assim a gente consegue ser mais feliz, criar memórias e, quando tudo isso acabar, vai poder olhar pra trás e dizer: "É... Eu vivi tudo o que tinha que viver!".

Douglas ;)
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P.S.: Eu tinha vindo aqui só para compartilhar um pouco da trilha sonora que embalou meus dias durante o mês que passou e acabei refletindo novamente sobre a vida. Me perdoem por isso!


Eu a criei no Spotify. Assim, até quem não tem conta lá pode acessar e ouvir, enquanto lê o Blog. Já quem tem Spotify pode, inclusive, salvar a Playlist pra ouvir depois, se for o caso.

Um abraço!
Douglas ;)