Ontem eu comentava com um amigo sobre algo que aconteceu comigo, recentemente.
Vinha de uma semana cansativa de trabalho e atividades extras. Muita correria, um cansaço mental e estresse que me faziam não render, não desfrutar dos melhores momentos do dia, não viver.
Na primeira oportunidade que tive, eu não planejei nenhuma festa, passeio ou filme na companhia de alguém (por melhor que a companhia pudesse parecer). Na verdade, eu estava tão acabado, que não tinha cabeça sequer para planejar algo. Eu estava ansioso pelo meu mais que merecido descanso, que finalmente chegara.
Lembro de ter dormido até tarde, ficado na cama, ouvido música, tomado vários banhos e voltado (novamente) para a cama, devo ter lido alguma coisa, escrito algo. Enfim, vivi um dia desconectado e isolado no que, para mim, havia sido um dia, acima de tudo, feliz. Eu me sentia preenchido pela minha própria vida, na simplicidade de viver o que eu precisava ter vivido naquele dia.
Meu grande erro, porém, foi, ao fim daquele dia, até então, maravilhoso, ter entrado numa
Lembro que, instantaneamente, uma sensação de descontentamento com minha própria vida tomou conta do meu interior. Meu coração entrou num estado de desagrado com meu próprio dia. Minha mente me dizia que "aquilo sim (o que via nas fotos) era viver, e não o que eu 'vivi' durante meu dia de descanso", e eu comecei a me entristecer por ter "desperdiçado" meu dia dentro do quarto.
Naquele momento um estalo me salvou do sono que tentou paralisar minha alegria pela minha própria vida, e eu repreendi a mim mesmo pela forma como estava me permitindo pensar. O meu dia havia sido maravilhoso, SIM! E eu não deveria comparar minha vida com a de outras pessoas.
O dia delas poderia, sim, ter sido maravilhoso em suas praias, passeios e amizades, porém, isso não significava que o meu dia longe do celular ou das lentes de uma câmera a divulgar minha alegria nas Redes Sociais, tinha feito com que minha vida fosse considerada medíocre e inválida.
O problema que nós, seres humanos, precisamos consertar em nós mesmos (e em mais ninguém), é esse: parar de comparar nossa vida com a vida das outras pessoas.
Como diz uma querida mentora, estamos tão felizes com a nossa TV de 14 polegadas, até chegar o caminhão das Casas Bahia na casa do vizinho, com uma TV de 42. Começamos a não gostar tanto assim da nossa, de 14.
Meu desafio diário é viver minha própria vida, ser feliz ao meu próprio jeito, proporcionar alegria às pessoas ao meu redor, e não ficar invejando (sim, invejando - porque essa é a palavra ideal para esse sentimento) a felicidade alheia.
Portanto, sejamos mais gratos pelo que temos, sem questionar o motivo de alguém aparentemente possuir mais do que nós. Porque viver esse tipo de vida que compara e compete, é uma triste maneira de viver.
Enjoy the day! Enjoy the life! Be happy! Carpe Diem!
Beijos
Douglas ;)